Da remodelação
Estava eu a contas com o fecho da redacção, quando, de maneira inopinada, me caiu em cima da secretária, leia-se joelhos, a notícia da remodelação. Se foi precedida de algum estridente "tinoni", confesso que não me dei conta, apesar do silêncio de biblioteca que normalmente nos chega da Cultura.
Está na hora da tão reclamada remodelação. Toda a gente opinar a preceito e, como dizem alguns pontas de lança, eu não fujo à regra.
Sobre o ministro da Saúde, já me pronunciei bastas vezes e acredito que depois de uma tarefa ciclópica e incompreensível, não confundir com incompreendida, o futuro ex-titular da pasta deverá necessitar de um prudente check-up, por exemplo no hospital que inaugurou em tempo oportuno, o qual certamente lhe irá prestar um serviço de elevada qualidade..
Já no que concerne ao Ministério da Cultura, convém sublinhar que, antes da titular agora demissionária, já passaram por lá algumas figuras, mais ou menos, patuscas, como um censor, especialista em heráldica ou lá o que é isso, que só não queimou ninguém porque o Santo Ofício já tinha passado há muito..
Mais tarde houve um outro, que entrou e saiu, e ninguém o viu.
Seguiu-se uma Senhora com maneiras de Tia, com dois “ff” no apelido e uma larga experiência em pátina, que recuperou acontecimentos “kolturais”, muito light, muito Rebelo Pinto, num autêntico festival de locuções estereotipadas "à la Quinta da Marinha" e de aristocracias de salão.
E claro está que não podia deixar de referir o maior, o grande Secretário, de Estado, o famoso melómano; o "contemporâneo" de Machado de Assis (1839-1908), com quem, aliás, trocou correspondência; o destacado membro honorário da Tertúlia Cultural, “Clube da mão fria”; o estadista que ficará na história da Cultura, e não só, em Portugal como o “menino- guerreiro”.
Já no que concerne ao Ministério da Cultura, convém sublinhar que, antes da titular agora demissionária, já passaram por lá algumas figuras, mais ou menos, patuscas, como um censor, especialista em heráldica ou lá o que é isso, que só não queimou ninguém porque o Santo Ofício já tinha passado há muito..
Mais tarde houve um outro, que entrou e saiu, e ninguém o viu.
Seguiu-se uma Senhora com maneiras de Tia, com dois “ff” no apelido e uma larga experiência em pátina, que recuperou acontecimentos “kolturais”, muito light, muito Rebelo Pinto, num autêntico festival de locuções estereotipadas "à la Quinta da Marinha" e de aristocracias de salão.
E claro está que não podia deixar de referir o maior, o grande Secretário, de Estado, o famoso melómano; o "contemporâneo" de Machado de Assis (1839-1908), com quem, aliás, trocou correspondência; o destacado membro honorário da Tertúlia Cultural, “Clube da mão fria”; o estadista que ficará na história da Cultura, e não só, em Portugal como o “menino- guerreiro”.
Da actual futura ex-ministra, apenas recordo, porque pude comprovar em directo, que fala muito melhor do que o Joe, mas que, incompreensivelmente, teve muito menos tempo de antena. Foi certamente o placebo ( isto anda tudo ligado) que estava mais à mão, para iludir a enfermidade cíclica que ataca a cultura em Portugal.
Etiquetas: Geral
5 Comentários:
da ministra do culturismo lembro-me de uma vaga imagem em que toda ela era suada; apareceu toda jogging...
Mas o Santo Ofício está aí, bastante laicizado por sinal. O que acha que foi que a imprensa fez ao sr. ministro da Saúde senão um grandioso auto-da-fé? Mas também quem no mandou a ele pôr-se com feitiçarias?
Cumpts.
Bic Laranja,
É capaz de ter razão, apesar dos santos populares ainda estarem distantes.
Cumpts
Resta saber como se vai portar o substituto.
Tenho muitas dúvidas.
T,
Eu também tenho dúvidas e o meu receio é se também vou ter dores...
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