17 março, 2007

A história possível de um jantar

Os dois “Pês” mais badalados do momento; o Pedro e o Paulo –há um terceiro, o Pinto, mas está em segredo de justiça- decidiram convidar-se para um jantar.
Só que desta feita, optaram pelo maior segredo e privacidade na escolha do restaurante, que o assunto não era para menos.
Fazendo jus à larga experiência de membro do "Clube da mão fria", o primeiro a chegar foi o Pedro que logo se dirigiu ao barman, aquela figura simpática que ele só consegue distinguir de um político, porque se encontra do lado de dentro do balcão, e pediu-lhe a Bloody Mary da ordem.
Pouco depois apareceu o Paulo, com o andar destemido que lhe ficou do tempo de ministro da defesa, quando passava revista às tropas, exibindo um largo sorriso polux na face. Ficou-se por um sumo de tomate temperado.
Concluídos os preliminares e depois de algumas pestanadelas cúmplices em volta, chegou o momento de se dirigirem para a sala do fundo, onde o maitre os aguardava atento e venerador, para lhes indicar uma mesa muito discreta.
Foi então que o Pedro pediu mais duas cadeiras, perante a surpresa do maitre que balbuciou:
-Peço perdão, mas desconhecia que havia mais duas pessoas.
-Não! Respondeu o Pedro: Somos só nós, as outras são para pôr os pés!
A partir daqui, escapou-se-me a imaginação, não sei o que é que comeram, mas presumo que beberam “Barca Velha” e delinearam, com os pés bem assentes, a "velha estratégia" que iremos conhecer mais tarde, se for o caso...
Ah! Creio que quem pagou a conta foi Paulo.

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