O "Máior"
Ao longo dos últimos vinte cinco anos, o homem manteve o hábito de se passear pelo pântano com a leveza do elefante, de nenúfar em nenúfar -apesar do marfim-, enquanto evitava os terrenos movediços, com a astúcia do leopardo.
Chamavam-lhe parolo, contudo era o “Máior”, para gáudio dos seus apaniguados e desespero dos adversários, a quem nada mais restava, senão manifestar total impotência.
Alguns, como os sucessivos senhores dos dois lados da 2ª circular, na sua maioria gente de módico saber, foram-se revezando em genuflexões mentais de vassalagem assumida, a que sucediam suspeições insinuadas de golpadas à margem da legalidade, às quais o homem respondia, invariavelmente, com verbo fácil e desdém quanto baste.
Quem não se lembra dos seus apelos incendiários à turba ululante, que reagia com o grito de "só quero ver Lisboa a arder" e das tiradas cínicas em que oferecia a equipa de futebol do seu clube para um "jogo de solidariedade", no caso de haver um novo terramoto na capital.
Enquanto isso, continuava a distribuir generosamente rebuçadinhos, com mais ou menos invólucro, além de estadias em retiros espirituais, com direito a cesto de fruta fácil de descascar no quarto. Tudo prévia e cuidadosamente preparado pelo seu fiel mordomo.
Mesmo depois de surgirem os primeiros sinais de que algo estava a mudar, continuou a alternar como se nada de anormal se passasse e fossem só outros, os que estavam a contas com os costumes.
Ficou, aliás, célebre, uma oportuna e suspeita fugida a Galicia, onde fez gala em bolçar as injúrias habituais contra Lisboa e os Mouros, deixando o ambiente poluído, como já não se via desde o naufrágio do Prestige.
É claro que contou sempre com a acção detergente e hossanas de vários prosélitos, conhecidos pelo seu fanatismo primário, como o promotor da Tabaqueira e vendedor da Tvi e o Maquiavel da Areosa, entre outros.
Aconteceu no entanto, que alguém deixou de querer participar no contubérnio e decidiu dar à estampa uma brochura, introduzindo várias cenas maradas, que levou o Sibarita campeão, a meter o testículo na virilha e morder a língua de fogo.
Passou, num instante, de herói no passado a vilão no presente, ainda que tudo pareça indicar que, não obstante o cerco cada vez mais apertado e as sucessivas acusações, não irá haver força para fazer dele réprobo no futuro. Aguardemos novos desenvolvimentos.
Chamavam-lhe parolo, contudo era o “Máior”, para gáudio dos seus apaniguados e desespero dos adversários, a quem nada mais restava, senão manifestar total impotência.
Alguns, como os sucessivos senhores dos dois lados da 2ª circular, na sua maioria gente de módico saber, foram-se revezando em genuflexões mentais de vassalagem assumida, a que sucediam suspeições insinuadas de golpadas à margem da legalidade, às quais o homem respondia, invariavelmente, com verbo fácil e desdém quanto baste.
Quem não se lembra dos seus apelos incendiários à turba ululante, que reagia com o grito de "só quero ver Lisboa a arder" e das tiradas cínicas em que oferecia a equipa de futebol do seu clube para um "jogo de solidariedade", no caso de haver um novo terramoto na capital.
Enquanto isso, continuava a distribuir generosamente rebuçadinhos, com mais ou menos invólucro, além de estadias em retiros espirituais, com direito a cesto de fruta fácil de descascar no quarto. Tudo prévia e cuidadosamente preparado pelo seu fiel mordomo.
Mesmo depois de surgirem os primeiros sinais de que algo estava a mudar, continuou a alternar como se nada de anormal se passasse e fossem só outros, os que estavam a contas com os costumes.
Ficou, aliás, célebre, uma oportuna e suspeita fugida a Galicia, onde fez gala em bolçar as injúrias habituais contra Lisboa e os Mouros, deixando o ambiente poluído, como já não se via desde o naufrágio do Prestige.
É claro que contou sempre com a acção detergente e hossanas de vários prosélitos, conhecidos pelo seu fanatismo primário, como o promotor da Tabaqueira e vendedor da Tvi e o Maquiavel da Areosa, entre outros.
Aconteceu no entanto, que alguém deixou de querer participar no contubérnio e decidiu dar à estampa uma brochura, introduzindo várias cenas maradas, que levou o Sibarita campeão, a meter o testículo na virilha e morder a língua de fogo.
Passou, num instante, de herói no passado a vilão no presente, ainda que tudo pareça indicar que, não obstante o cerco cada vez mais apertado e as sucessivas acusações, não irá haver força para fazer dele réprobo no futuro. Aguardemos novos desenvolvimentos.
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