“Quatro comentários e um Post”
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Meus caros,
Se se deram ao trabalho de vir até aqui, poderão constatar que o espaço é amplo e arejado.
O que segue, não é propriamente uma comédia, com título inspirado no filme de Mike Newell , todavia, confesso que, talvez por ter riso fácil e sorriso alvo, já deitei pela boca fora, não umas boas baforadas mas, umas boas gargalhadas.
Então é assim:
-Aceito que a culpa nunca morre solteira, em último caso morre em união de facto, ou, como se murmura nos confessionários e sacristias: amancebada.
E os pulmões? Ah, os pulmões! Nem queiram saber como ficam os pulmões dos que (já) não fumam e morrem sem assumir a culpa por não fumarem. É como se uma punição divina ou um fogo dos infernos desabassem sobre eles, esses fundamentalistas empedernidos da reforma antitabágica.
-Também admito que não são os fumadores que causam os males dos pulmões dos outros –leia-se não fumadores–, porque, é lógico, que a responsabilidade vai inteirinha para os técnicos de radiologia que fazem os exames. Malandros!
E creio que ninguém tem dúvidas acerca dos malefícios dos carros que nós, os não fumadores, conduzimos, que poluem muito mais e não devem ser confundidos com os carros conduzidos pelos outros.
Além disso, nós, repito, nós, recusamos andar exclusivamente a pé e, mais grave, não admitimos a possibilidade de proibir a circulação dos ditos, que não a venda, sublinhe-se bem…
Já agora, essa de separar a venda da circulação é capaz de ter rodas, perdão, pernas para andar, porque eu ainda tenho uns espacinhos vagos lá nas estantes e dois ou três automóveis –utilitários claro – resolviam-me o problema da decoração e até ficavam bem junto dos cachimbos inactivos; quero eu dizer que estariam muito melhor do que na rua, sujeitos às mijadelas dos cães.
Eureka! Concluo eu para a minha abotoadura. Que idiotia , i.é, que ideia luminosa!
Por último e para poderem apagar a beata tranquilamente, gostaria de dizer aos meus interlocutores (?) que, se um dia nos viermos a encontrar, por exemplo numa pastelaria, podem ficar certos que vou cooperar.
Apenas lhes peço para fumarem um cigarro, dado que, para charuto, não tenho fôlego.
Ah! E já agora, peço o favor de não apagarem o dito no meu pastel de nata, pois costumo pedi-los queimados e podem confundi-lo com um cinzeiro.
Tenham uma boa semana, com fumos e tudo o que mais gostarem.
Meus caros,
Se se deram ao trabalho de vir até aqui, poderão constatar que o espaço é amplo e arejado.
O que segue, não é propriamente uma comédia, com título inspirado no filme de Mike Newell , todavia, confesso que, talvez por ter riso fácil e sorriso alvo, já deitei pela boca fora, não umas boas baforadas mas, umas boas gargalhadas.
Então é assim:
-Aceito que a culpa nunca morre solteira, em último caso morre em união de facto, ou, como se murmura nos confessionários e sacristias: amancebada.
E os pulmões? Ah, os pulmões! Nem queiram saber como ficam os pulmões dos que (já) não fumam e morrem sem assumir a culpa por não fumarem. É como se uma punição divina ou um fogo dos infernos desabassem sobre eles, esses fundamentalistas empedernidos da reforma antitabágica.
-Também admito que não são os fumadores que causam os males dos pulmões dos outros –leia-se não fumadores–, porque, é lógico, que a responsabilidade vai inteirinha para os técnicos de radiologia que fazem os exames. Malandros!
E creio que ninguém tem dúvidas acerca dos malefícios dos carros que nós, os não fumadores, conduzimos, que poluem muito mais e não devem ser confundidos com os carros conduzidos pelos outros.
Além disso, nós, repito, nós, recusamos andar exclusivamente a pé e, mais grave, não admitimos a possibilidade de proibir a circulação dos ditos, que não a venda, sublinhe-se bem…
Já agora, essa de separar a venda da circulação é capaz de ter rodas, perdão, pernas para andar, porque eu ainda tenho uns espacinhos vagos lá nas estantes e dois ou três automóveis –utilitários claro – resolviam-me o problema da decoração e até ficavam bem junto dos cachimbos inactivos; quero eu dizer que estariam muito melhor do que na rua, sujeitos às mijadelas dos cães.
Eureka! Concluo eu para a minha abotoadura. Que idiotia , i.é, que ideia luminosa!
Por último e para poderem apagar a beata tranquilamente, gostaria de dizer aos meus interlocutores (?) que, se um dia nos viermos a encontrar, por exemplo numa pastelaria, podem ficar certos que vou cooperar.
Apenas lhes peço para fumarem um cigarro, dado que, para charuto, não tenho fôlego.
Ah! E já agora, peço o favor de não apagarem o dito no meu pastel de nata, pois costumo pedi-los queimados e podem confundi-lo com um cinzeiro.
Tenham uma boa semana, com fumos e tudo o que mais gostarem.
Etiquetas: Divagações, Dos prazeres, Fumos
7 Comentários:
Já me ri um bocadinho, o que para uma segunda-feira ao fim da tarde já não é mau. Melhor só esse belo cachimbo aí em cima mesmo a pedir tabaco xamânico.
não fumo, nunca fumei... dos meus :)
mas já sinto uma saudade nostalgica daquelas noites antigas, a "estudar" enquanto se conversava ao som do "em órbita" rodeados pelos fumos romanticos das ternas beatas.
A inteligência tb se mede pelo humor com que se trata certos assuntos e se responde a certas pessoas.
Eu que já não fumo há muitos anos estou tão de acordo com cbs - o "em órbita! (que saudades!), os montes de cigarros, só dispensava o estudo obrigatório que o outro continua a existir!
Um abraço
é sempre um prazer constatar que o humor ainda existe e persiste assim:
inteligente!!!!
(convenhamos que não é muito corrente)
:)
abraço.
obrigada.
vou ali fumar um cigarro. com um sorriso.
piano.
Sempre achei um disparate
morrer
saudável.
Fumar cachimbo foi o únco ritual que pratiquei até hoje.
Fica por saber se o abandonei graças a uma cura interior de influência xamânica.
(As coisas que eu tenho aprendido).
Nos tempos do saudoso "em órbita" fumava um tabaco baratinho de qualidade reduzida, "Mayflower", apenas bom para o nariz dos outros, leia-se outras, mas que dava estatuto, isso dava.
Fumar um cigarro com um sorriso e poder pôr nele (sorriso) toda a sensibilidade do mundo.
Concordo que é preferível morrer de um tiro ou de uma faca de ponta...mas se estivermos saudáveis é sinal que demos mais luta.
Com isto tudo ia fazendo outro post.
Obrigado a todos pelos magníficos comentários.
quantas hipocrisias se esfumaçam nas pretensas cerimónias... quero dizer, que quem não fuma faz bem, mas deixem dar uma passa a quem se congratula com o vicío, que até os há bem piores e fatais.
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