Os crimes...
Fotos: jrd
(…) A Liberdade era morta, estrangulada como um rafeiro, enquanto na torre do Outão el-rei bebia e cantava sentado à mesa, e os gatunos eram tirados a parelhas de raça, os bandidos viviam em esplêndidos palácios e a lei cantava às esquinas da rua como uma prostituta.
O proletariado, esse roubado pela usura, sem luz e sem lar, e sem trabalho, morto de fome sobre a enxerga podre, fitava a filha seminua, debruçada no abismo do vício. (…)
(Guerra Junqueiro-Depoimento – In A Justiça nº 23 8/VII/1891)
Alexandre Cabral – Os Crimes da Monarquia. Lisboa: “Seara Nova”, 1973
Um assassinato é sempre um crime.
Procurar justificações para diminuir esta conclusão linear, não passa de um exercício de duvidosa honestidade intelectual.
A teoria do duplo padrão moral aplicada nesta matéria, decorre sempre de uma atitude hipócrita com que não me identifico. Aqui não pode haver lugar à subjectivação das análises.
Aceito e partilho sem relutância a diferenciação de posições, enquanto se discreteia sobre contextos e motivações .
Convivo de bem com a polémica. Separo-me quando as soluções propostas ou encontradas, extravasam os limites em que me sei mover.
Ontem recordou-se o regicídio. Não era a minha “cerimónia”, nem senti qualquer apetência para registar o facto. Outros o fizeram e fizeram bem, independentemente dos afectos que manifestaram ou não.
De hoje em diante, iremos ter, os que entenderem, 366 dias para recordar os crimes da monarquia… e outros.
O proletariado, esse roubado pela usura, sem luz e sem lar, e sem trabalho, morto de fome sobre a enxerga podre, fitava a filha seminua, debruçada no abismo do vício. (…)
(Guerra Junqueiro-Depoimento – In A Justiça nº 23 8/VII/1891)
Alexandre Cabral – Os Crimes da Monarquia. Lisboa: “Seara Nova”, 1973
Um assassinato é sempre um crime.
Procurar justificações para diminuir esta conclusão linear, não passa de um exercício de duvidosa honestidade intelectual.
A teoria do duplo padrão moral aplicada nesta matéria, decorre sempre de uma atitude hipócrita com que não me identifico. Aqui não pode haver lugar à subjectivação das análises.
Aceito e partilho sem relutância a diferenciação de posições, enquanto se discreteia sobre contextos e motivações .
Convivo de bem com a polémica. Separo-me quando as soluções propostas ou encontradas, extravasam os limites em que me sei mover.
Ontem recordou-se o regicídio. Não era a minha “cerimónia”, nem senti qualquer apetência para registar o facto. Outros o fizeram e fizeram bem, independentemente dos afectos que manifestaram ou não.
De hoje em diante, iremos ter, os que entenderem, 366 dias para recordar os crimes da monarquia… e outros.
Etiquetas: Divagações, Geral, Monarquia
4 Comentários:
Crimes que não faltam. Mas é sempre útil aprender com o passado.
Sempre um crime mesmo quando se trata dos nossos inimigos.
Eu, como brasileira, não me esqueço dos crimes da Coroa. Não mesmo!!!
Maísa
Bem, já que andavam desertinhos para matar alguém, poderiam ter pensado no João Franco, não? Já agora, que tal um tirinho no Sócrates? E outro no Cavaco? Enfim, a lista é longa, candidatos não faltam, é só escolher.
JR
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial