16 agosto, 2007

Casas de madeira e casas de madeira

................ Bergen - Foto: jrd

Em Bergen chove em 275 dias por ano e nos outros 90, as probabilidades de apanhar uma molha são quase absolutas.
Tive a felicidade de por lá andar durante um pequeno período, dos que não contam para as estatísticas, e fruir, em toda a plenitude, dos seus encantos, sob um sol tão convidativo como inesperado.
A cidade caracteriza-se pela enorme profusão de casas de madeira, umas muito antigas e cuidadosamente recuperadas e outras de construção mais ou menos recente, mas mantendo uma traça de grande homogeneidade e apresentando na sua grande maioria, cores muito vivas e arbitrárias, por vezes pouco naturais, que sugerem a paleta de um pintor.
Enquanto calcorreava as ruelas estreitas e acolhedoras desta lindíssima urbe, não consegui evitar que me aflorassem à memória outras casas -portuguesas com certeza- de madeira, as famigeradas barracas, cinzentas de doer, que a Fundação Salazar distribuiu cristãmente durante décadas e que até há bem pouco conferiam um aspecto "pitoresco" à chamada grande Lisboa.
Felizmente que foi curto este estranho pesadelo e pude retomar o passeio de sonho.

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