Da Cerveja VIII

La cuisine anglaise: Si c'est froid, c'est de la soupe. Si c'est chaud, c'est de la bière! Provérbio Francês

Daí que haja quem diga (não eu) que a cerveja inglesa é o que de melhor se fabricou até hoje para imitar a urina. Sai como entrou, quente.
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As escutas e os escutas

Escutai-vos uns aos outros. E já agora, os "escutas de serviço" podem ser os mesmos, até porque ainda anda para aí muita gente com grande flexibilidade e boas provas dadas na matéria.

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Os escrevinhadores

O que mais surpreende em determinados escrevinhadores, não é o ridículo de algumas afirmações ou o constante recurso a um certo discurso inventivo - o que mais surpreende é o seu jogo de cintura, o uso e abuso do duplo padrão com que avaliam as situações do quotidiano, independentemente do seu enquadramento.
São os preopinantes comichosos de nariz empinado, alguns deles analfabetos de pai e mãe, que por aí pululam, sempre disponíveis para acometer quem não afina pelo seu o diapasão e aos quais se poderia prescrever um anti-histamínico que lhes pusesse fim ao prurido e lhes travasse o pingo para que deixassem de fungar.

Gémeos

A Dinamarca é o país da União Europeia onde nascem mais gémeos. Ainda bem que não é a Polónia, de onde são naturais os manos Lech e Jaroslaw Kaczynski, que são a favor da pena de morte e acabaram de sofrer uma derrota esmagadora nas eleições.
Apesar de tudo, não consta que o Ted, não obstante ter mesmo o apelido, faça parte da família desta aberração em duplicado.

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da cerveja VII

A cerveja causa diminuição da memoria? Que alguém se lembre, não!

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O comboio "porreiro"

Uuuuh! Lá vai o comboio: Pouca terra, pouca terra, pouco trabalho, pouca esperança... muita revolta.

No hospital (in english)

Vejam bem como são as coisas, até parece que o ministro Correia de Campos esteve no Governo Australiano.

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do Tratado

Muito se leu e escutou por aí, sobre o diz-que-diz, para lá e para cá, de governos que queriam ou não (?) assinar o Tratado de Lisboa e pouco sobre o que realmente importa ao cidadão comum, ao qual a maior parte dos assuntos passa completamente a latere.
No que nos diz respeito e é isso que deve prevalecer, está comprovado que a maioria dos portugueses não sabe a diferença entre as vantagens da existência ou da não existência do referido Tratado e os media, ao serviço do poder, não estão interessados em pôr fim a esta omissão, limitando-se a debitar um caudal de informação empastada e confusa.
Têm sido desde sempre assim em todos os assuntos relacionados com União Europeia, daí que não seja despropositado afirmar que o que emerge desta realidade repetitiva é, sem dúvida, a contumácia e a desonestidade habilidosa dos governantes e a pungente e crónica ignorância dos governados.

O próximo episódio do folhetim vai ser a litania costumeira sobre a realização ou não de um referendo.

Genialidade/imbecilidade

Os imbecis pensam que todos os negros se parecem, eu conheço um negro que acha que todos os imbecis se parecem. Philippe Gelluck

Cada vez existem mais indícios de que a genialidade pode não ser incompatível com a estupidez.

Com efeito, ao afirmar que os negros são menos inteligentes que os brancos, o pai do ADN, o biólogo James Watson, galardoado com o Nobel da Medicina em 1962, parece ter esquecido que a sua raça é (também...) a humana e que vai longe o tempo em que, pelo menos em teoria, muitos viviam manietados pelas grilhetas do medo e permaneciam encostados ao muro da paciência.
É sem dúvida mais um exemplo que contraria a curva de Gauss e demonstra que, por vezes, a genialidade e a imbecilidade podem "viver" paredes meias.

Flexiquê?

Gradualmente, sem que nos apercebamos, estamos a "entregar" a estabilidade, para "comprar" a Flexisegurança, mas o mais grave é que os que nos ficam com a primeira, são os mesmos que nos estão a impingir a segunda.

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Torre de vigia

Torre de vigia (Oresund)- Arne Jacobsen

"Rigorosamente vigiados...manifestamo-nos."

Foto: jrd

Não é por não falar deles que eles acabam

Se isto não é um insulto?

Só não lhes conseguem tirar a vergonha.


Quantos pobres custa um rico?


Náufragos do tempo


O rosto alegre da pobreza. É triste...



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Indeed...

Indeed, smoking is a shit.
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Dia mundial da Alimentação

Nos restantes 364 dias esta senhora faz dieta...

Adriano

A voz e o Homem para sempre inesqueciveis.

Ei-lo que volta

Sentia-se que à sucessão de vários actos de auto-tragédia ou de auto-comédia, presidia em regra um desejo camuflado de ajuste de contas, para já interno (depois veremos), resultante da humilhação sofrida após o flop governativo, daí que fosse evidente a vitimização manifestada através de sucessivas evocações, mais do que repisadas, que indiciavam há muito, uma ansiedade mal disfarçada, que só um engenhoso calculismo, conseguia atenuar.
Não obstante o seu carácter marcadamente pessoalista percebeu que para levar à pratica a estratégia em tempos delineada, teria regressar à boleia.
E quem melhor do que o Menezes como motorista e o Ribau como trintanário?

Vária (8)

Na Comissão:

Talvez a recém ungida, mas desde sempre dada ao funambulismo, Zita Seabra sefeche a tiradas cretinas que metam bolas, porque para isso está lá o Seara que é especialista na táctica dos matraquilhos -1x2x5x3.

Talvez o Seara concretize a ameaça antiga e ambígua e tire finalmente as conclusões acerca da queda do viaduto do IC 19 durante o consulado Barrosista, enquanto olha embevecido e com uma pontinha de inveja, para a melena rebelde que cai da prótese capilar do Mendes Bota.

Talvez o Mendes Bota perceba finalmente que se não lhe deram água quando "interviu" no Congresso, foi porque queriam que ele terminasse o discurso antes de dar com o apelido na gramática.

Talvez o melómano Duarte Lima venha a interpretar uma passagem da Cavalgada das Valquírias (topam) para o seu futuro líder e lhe explique, por outro lado, que o som dos Carrilhões de Mafra é substancialmente diferente do de um Stradivarius.

Talvez o Gomes da Silva (quem é?) se apresse a presentear o Professor Marcelo com um canivete suíço, que espeta menos do que uma faca, para que este não magoe tanto o chefe.

Da cerveja VI

Asi on maitses *, que um viajante na Estónia, que se preze, jamais recusará que lhe coloquem à frente uma A.Le Coq Special Stout, escura para variar, porque se durante o primeiro milénio se bebia cerveja nos rituais de sacrifícios, nos dias de hoje, saboreá-la, constitui um verdadeiro ritual de prazer e deleite, que é com quem diz de cerveja.
* É devido ao sabor (em estoniano)
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Na Feira de Torres Vedras

«Eu não estou aqui para enganar ninguém, vim apenas fazer o reclamo ao nosso produto o "Tang" que, como todos sabem, é o grande néctar da vida barata.
Comigo, não custa 100, nem 50, nem 20, custa apenas 10 e podem pagar com multibanco. Quem levar uma embalagem, tem direito a uma rifa para um sorteio de um relógio Rolex e uma visita guiada para duas pessoas às caves do Vinho do Porto em Gaia, sem consumo obrigatório.
Não esqueçam, "Tang" é o único néctar que nos dá bons sonhos. Basta um simples copo e todos vão sonhar com o aumento de ordenado, a saúde gratuita, um polícia em cada esquina, etc.
"Tang" é a bebida que faz boa a má vida!»

Não sei como

Tendo em conta o IRS (Internal Revenue Service) não sei como é que os norte-americanos conseguem viver...
O que vale é que cá, com o nosso "IRS", são os pobres que vão ficando cada vez mais pobres.

Não mas se...

Hum! Não está cientificamente provado que a Paz exista, mas se existir acho que o prémio deveria ser atribuido à Condoleezza.

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O prémio

Preferia que o prémio Nobel da Paz tivesse sido atribuído ao presidente da Bolívia Evo Morales ou à activista Esquimó Canadiana Sheila Watt-Cloutier, mas foi Albert Arnold ou Al Gore, o escolhido pelo comité nomeado pelo Storting Norueguês.
Compreende-se, até porque o autor do notável documentário "Uma Verdade Inconveniente", vive na orla da pobreza nas suas sete (7) quintas, perdão, sete casas, pelo que, esta maquia, dá muito jeito para compôr o orçamento no intervalo das conferências.
Veremos se na cerimónia da Câmara Municipal de Oslo, ele diz como é seu hábito: "Hi! I am the future - ex - president of the USA".

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Que confusão...

Ausenta-se uma pessoa durante uns escassos dias para longe da Net, dos telemóveis (rede nem vê-la, i. é, nem ouvi-la) e da tv -ainda há lugares assim, mas eu não os divulgo, por instinto de conservação- e quando regressa depara com vozes e sobretudo discursos, que nos fazem lembrar os tempos de rapazote.

É claro que não me refiro aos meus tempos de rapazote, mas sim aos do Rapazote, o Gonçalves, que foi ministro do interior do delfim do Manholas, o Caetano. Lembram-se?

Era o tempo em que não existia qualquer ilicitude no facto da polícia visitar os Sindicatos.

Que confusão que para aqui vai... De vez em quando fico assim e (re)começo a assistir a cenas e a ouvir vozes que me vêm dos tempos do antigamente de agora.

Hoje sim!

Numa época em que abundam as bandeiras Nacionais (a maioria desbotadas) nas janelas e telhados das nossas cidades e vilas, recordo sempre com um largo sorriso, a velha expressão de um saudoso Amigo, republicano convicto, com quem aprendi muito e que, ainda no tempo da anestesia, quando chegávamos a esta data, dizia:
Hoje sim! -Bandeira Nacional só no cinco de Outubro, porque o resto são vinte e oitos de Maio.

Infelizmente para ele, não pôde assistir ao vinte cinco de Abril.

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Prosa sem tempo...

Se por acaso ainda por cá andasse, se tivesse conhecimento da nossa realidade e se pudesse, por exemplo, ler a entrevista de João Cravinho, o que é que acham que o Eça retiraria deste texto?

Vai e vem

Do sobe e desce
das íngremes ladeiras e escadarias,
que se repetem
depois de cada esquina dobrada,
deste dédalo de ruelas,
ora tortuosas ora rectílineas,
onde me reencontro a cada passo,
da triste ausência
de espaços planos e verdes,
que me vai roubando o fôlego
e do calor tóxico da poluição
desta cidade antiga,
a minha, onde nasci e não moro
mas gosto de calcorrear,
mesmo sabendo que isso significa escalar,
e escalar e cansar-me…
até chegar de novo o tempo
de voltar a partir,
para a fímbria,
em busca do canto habitual
em que posso repousar
o bom cansaço.

Outubro.2.2007

Afinal...

Afinal, para surpresa de George W. and Co., o Brasil e a Venezuela, não obstante adoptarem políticas económicas diferentes, acabam de firmar diversos acordos relacionados com a integração regional na área da energia.
Tais acordos serão extensivos a outros países como o Uruguai, a Argentina, a Bolívia, o Equador, a Nicarágua, o Paraguai e Cuba.
Poder-se-á falar de uma deriva chavista de Lula ou de uma abertura Lulista do Chavez. No entanto, para os carenciados povos latino-americanos, tal dúvida não é relevante, dado que a sua maior preocupação é conquistar um espaço de autonomia capaz de enfrentar a hegemonia do gigante do norte, que lhes permita melhorar as suas condições de vida.

Imagem: Estado de Minas

O grave é que...

Não é que os politicos não vejam a solução. O que eles não enxergam é o problema. Roland Barthes

Depois da célebre promessa da criação de 150 mil novos postos de trabalho, a taxa de desemprego continua elevada e o país está em contraciclo com a UE.
Se é certo que o governo sabia que a solução seria diminuir drasticamente o desemprego, o grave é que, até ao momento, tem sido incapaz de enfrentar o problema.

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«Objective Burma»

Myanmar está há quarenta e cinco anos sob o jugo de uma aberrante ditadura militar.
No decorrer de 1988 teve lugar um levantamento popular que se saldou em três mil mortes e originou um recrudescimento da repressão, conseguindo mesmo assim conduzir à realização de eleições, que foram amplamente vencidas pela Liga Nacional para a Democracia, mas cujo resultado não foi respeitado pela Junta no poder, a qual ou prendeu ou forçou ao exílio os deputados eleitos.
Nessa altura, a passividade da comunidade internacional foi quase absoluta, com excepção da Amnistia Internacional que desde sempre denunciou a situação.
Apenas a concessão em 1991 do prémio Nobel da Paz, à histórica líder da oposição e incansável lutadora pela causa da liberdade, Aung San Suu Kyi, que desde essa data tem vivido entre a prisão e a detenção domiciliária, fez com que essa indiferença obscena fosse ligeiramente atenuada.
Entretanto, a mesma comunidade internacional apercebeu-se de repente, da falta de liberdade existente no país e da circunstância do povo da Birmânia viver em condições degradantes -cerca de 90% da população está abaixo do limiar da pobreza-, decidiu interromper um silêncio que se tinha tornado "ensurdecedor" e começou a incentivar os austeros e úteis monges para o actual protesto contra o estado das coisas.
Como é óbvio, este súbito ataque de filantropia tem sobretudo a ver com o facto de Myanmar ocupar o décimo lugar na lista de países possuidores de gás, para além de contabilizar mais de três mil milhões de barris de petróleo no subsolo e na sua costa e de ter adjudicado à China, que faz tábua rasa dos Direitos Humanos, a venda do gás natural.
Aliás, a preocupação com o desrespeito pelos Direitos Humanos nos países da região é normalmente bastante selectiva e, pelos vistos, depende das alianças e cumplicidades estabelecidas com os respectivos governos pseudo-democráticos, mais ou menos despóticos, como os do Paquistão, do Sri Lanka, do Bangladesh e da Tailândia, na generalidade dos quais nem sequer há monges...

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Deve ser...

A vocação do político de carreira é fazer de cada solução um problema.
Woody Allen

Deve ser por esta razão que, em matéria de Serviço Nacional de Saúde, o mérito de cada ministro que passa só é comparável à incompetência do que o precedeu.

Livin' In The Future

(Born in the USA) Bruce is coming back to slame the Devil.

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Ora toma!

Se um conhecido comentador e militante do PSD pensava que, ao inverter a posição da bandeira do partido, ia atrapalhar o Menezes, bem pode voltar à primeira forma, porque o novo líder provou-lhe que é homem de grande agilidade mental e não só...

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